CAIXAS
Porque durante a guerra nos falavam sempre
de antes da guerra, de como eram
ingénuos, tenho agora o máximo cuidado,
ao deitar qualquer coisa fora, por exemplo,
uma caixa de papelão, peço a Deus
para que a caixa não volte nunca
a assaltar-me em forma de remorso;
lembras-te ainda como nós, despreocupados,
deitávamos fora caixas sem pensar!
Se tivéssemos guardado pelo menos uma,
se tivéssemos guardado pelo menos uma!
Judith Herzberg, in "o que resta do dia" cavalo de ferro, 2007
Judith Herzberg nasceu em 1934 em Amesterdão. É uma das vozes mais representativas da poesia contemporânea europeia, contando com inúmeros prémios e traduções em vários idiomas.
A vasta obra poética de Judith Herzberg é composta por títulos como: «Zeepost» (1963); «Beemdgras» (1968); «Vliegen» (1970); «Strijkliicht» (1971); «27 Liedesliedjes» (1971); «Botshol» (1981); «Dagrest» (1984), «Dat Engels geen au heef» (1985), «Zoals» (1992); «Doen en laten» (1994); «Wat zij wilde schilderen» (1996); «Bijvangst» (1999); «Staalkaart» (2000); «Weet je wat ik ooj nooit wet» (2003); «Soms vaak» (2004); «Zijtak» (2007).
Judith Herzberg tem também desde os anos 70 vindo a publicar peças de teatro, ensaios, argumentos cinematográficos, peças para a televisão e muitas traduções. Em Portugal, os Artistas Unidos foram responsáveis pela publicação de três das suas peças de teatro: «Os Casamentos de Lea», «A Fábrica de Nada», «Talvez Viajar».
A vasta obra poética de Judith Herzberg é composta por títulos como: «Zeepost» (1963); «Beemdgras» (1968); «Vliegen» (1970); «Strijkliicht» (1971); «27 Liedesliedjes» (1971); «Botshol» (1981); «Dagrest» (1984), «Dat Engels geen au heef» (1985), «Zoals» (1992); «Doen en laten» (1994); «Wat zij wilde schilderen» (1996); «Bijvangst» (1999); «Staalkaart» (2000); «Weet je wat ik ooj nooit wet» (2003); «Soms vaak» (2004); «Zijtak» (2007).
Judith Herzberg tem também desde os anos 70 vindo a publicar peças de teatro, ensaios, argumentos cinematográficos, peças para a televisão e muitas traduções. Em Portugal, os Artistas Unidos foram responsáveis pela publicação de três das suas peças de teatro: «Os Casamentos de Lea», «A Fábrica de Nada», «Talvez Viajar».
3 comentários:
A "Fábrica de Nada" vai repor a partir de amanhã em Almada.
Oh Miguel, foi lapso de transcrição ou esstá mesmo assim traduzido?
«...durante a guerra nos falavam sempre / de antes da guerra, de como todos eram todos ingénuos...»
É que acabei por nem ler o resto, convicto de que poderia ser assim: «...durante a guerra falavam-nos sempre / do antes da guerra, como todos eram ingénuos de todo...»
Mas é apenas uma opinião, aliás você nem refere a autoria da tradução.
Boa pergunta... uma vez que ainda não recebi o livro e a ideia era divulgar o seu lançamento recorri ao chamado copy/paste… devo admitir que também não me fez muito sentido, um pouco confuso …
O poema foi retirado daqui ( http://www.granosalis.net/2007/12/poesia-de-judith-herzberg/ ), um artigo sobre a leitura de poemas da Judith Herzberg na Culturgest e a indicação que lá vem é que pertence ao livro mencionado. Provavelmente mal transcrito pelo responsável da página.
A tradução é da Ana Maria Carvalho Lemmens
p.s- assim que me for possível tratarei de resolver este mistério de transcrição ou quiçá de tradução…
Enviar um comentário