" As cabras e o modo como se aproximam de um fio de erva podem preencher todo o cérebro de uma pessoa inteligente, mesmo que tal facto se passe às sete da tarde. A Natureza não abana com os nossos sustos, a não ser a parte da natureza que o nosso corpo representa. Uma cabra a pastar, uma vaca a pastar, uma ovelha a pastar. E ainda as ervas, e o leve vento que passa por elas. Muitas coisas acontecem na natureza. Com tanta erva e animal a pastar, para quê procurar diversão nas cidades? "

Gonçalo M. Tavares

3 comentários:

Anónimo disse...

Agora vejam,... uns drenos estrategicamente inseridos nos pontos nevrálvicos assinalados nessa cabeça...um lento escoamento do líquido cefaloraquídeo e outros fluídos inter e extra celulares mirram a massa encefálica que, de esponjosa e copiosamente mergulhada em unto, se transforma num tecido seco e desidratado ao absoluto. Um reflexo paralelo poderá ter lugar na fragilidade de uma folha de plátano sujeita a horas e horas de calor sahariano que depois de esmagada se reduz a partículas irrisórias, de uma insignificãncia hilariante cujo vento dissipa pelo infinito um lamentável destino, o esquecimento. É isso camaradas, a seca das palavras, a ausência de poesia, a dependência do gratuito, o vício no marasmo.
Ou seja desidratem motherfuckers, desidratem...

Anónimo disse...

leia-se num lamentável destino...

Anónimo disse...

Hoje, fui comer uma refeição algures na Rocha. Não pude deixar de manifestar a minha perplexidade perante o cheiro nauseabundo que emenava daquele queijo de cabra que me foi servido como entrada.
Não o comi, mas paguei-o. Aquele forte odor foi parte integrante da minha refeição. Ignorá-lo teria sido um crime,... não pagá-lo, um roubo.