Por demais conhecido via Rádio (cançonetista?) e Televisão (actor cómico?), mas também como pintor (homeoestético), agitador (animador?) nocturno e até como insistente candidato à Presidência da República («se for eleito, demito-me»), Manuel João Vieira estreia-se aqui como letrista (poeta?), de companhia com o incontornável Fernando Brito (dos Irmãos Catita) e uma meia-dúzia de heterónimos, ou isso.
O livro resulta exemplarmente feio, porco e mau, quer-se dizer: à exacta altura do Portugal Alcatifado que nos rodeia. A edição, essa, só pode encarar-se como exercício de absoluta liberdade, com maiúscula.
Lello, Brito & irmão "Portugal alcatifado canções anormais" & etc, 2012
1 comentário:
Genial! Um excelente complemento ao novo álbum: «O Álbum Bronco», recheadinho de pequenas pérolas, entre as quais as magníficas "Mulher Portuguesa", "O Psicólogo de Coisas", "Na Guarda", "Há-des Ter" ou "Imbondeiro (anos 80)". Ide comprar jovens!
Já o livro de Lello, Brito e Irmão (vulgo Xiquito, o órgão humano; o saudoso órgão humano!) é uma perfeição! Além das letras, alguns documentos imperdíveis do movimento homeostético.
Quanto à frase da demissão, prefiro a versão "Só desisto de for eleito".
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