leitura obrigatória...


«Esta sucessão de histórias que escolhem uma realidade áspera para melhor a retratarem na sua verdade essencial (Oscar Wilde poderia dizê-lo), tecidas ao contrário da sensualidade contemplativa e disciplinada que satisfaz o prazer estético (Roger Caillois poderia fazê-lo lembrar), corre riscos de leitura em deslizamento por emoções epidérmicas e pelos mais fáceis sorrisos do humor negro. Executa uma dança: entre o jogo intelectual e a realidade sangrenta; faz um lado-a-lado de realidades reflectidas por um espectro cruel; remete ao ser humano que se não verga sob os limites da sua moral e da sua ordem. «A crueldade tem coração humano», escreveu William Blake no primeiro verso de «A Divine Image». E por vezes a literatura assume-a - aqui, uma reverência a De Quincey - como bela-arte.»

A presente obra reune 22 contos de vários autores (Balzac, Maupassant, Ionesco, Buzatti, Tennessee Williams, Saki [H. H. Munro], Ambrose Bierce, Léon Bloy, Donald E. Westlake, Stanley Ellin, Hanns Heinz Ewers, Aldous Huxley, Gaston Leroux, Medeiros e Albuquerque, Roland Topor, Octave Mirbeau, Monteiro Lobato e Marcel Schwob) seleccionados e traduzidos por Anibal Fernandes.


O festim da aranha, assírio & alvim, 2008

3 comentários:

Anónimo disse...

Não tem Miguel Torga, não senhor. Veja-se a transcrição integral do texto de substituição em http://frenesi-livros.blogspot.com

Paulo da Costa Domingos

miguel. disse...

tem toda a razão, foi o meu castigo por ter sido preguiçoso, não me quis dar ao trabalho de abrir o livro e indicar os nomes dos autores traduzidos, limitei-me a copiar a lista que estava no DALITERATURA... e olha... é o que dá confiar nos outros...
obrigado pela correcção
abraço.

Menina Limão disse...

pois, ando a namorá-lo...

e aquele da penguin que reúne contos que envolvem piscinas e o outro que envolve praias? hiper apeteciveis, até porque o design é lindo.