SÃO UM ERRO…
São um erro
estes braços e pernas
que já não funcionam
Quebram-se agora
e não há lugar para desculpas.
A terra não nos consola,
só te cobre
se tens a decência de permanecer calado.
O sol não perdoa,
olha e segue o seu caminho.
A noite penetra-nos
através dos acidentes que temos
infligido um ao outro.
A próxima vez que perpetremos
o amor, temos que
decidir primeiro quem vamos matar.
Margaret Atwood, in “qual é a minha ou a tua língua” assírio & Alvim
Org. Jorge Sousa Braga
São um erro
estes braços e pernas
que já não funcionam
Quebram-se agora
e não há lugar para desculpas.
A terra não nos consola,
só te cobre
se tens a decência de permanecer calado.
O sol não perdoa,
olha e segue o seu caminho.
A noite penetra-nos
através dos acidentes que temos
infligido um ao outro.
A próxima vez que perpetremos
o amor, temos que
decidir primeiro quem vamos matar.
Margaret Atwood, in “qual é a minha ou a tua língua” assírio & Alvim
Org. Jorge Sousa Braga
3 comentários:
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é que temos infligindo ou infligido? é uma dúvida, não é uma correcção.
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este poema é lindíssimo.
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é fantástico é:)
corpo visível... obrigado pela atenção ao poema, era realmente uma gralha...
;)
lebre, o poema é realmente maravilhoso, entretanto estive a comparar esta com a tua versão, gosto das duas... e aproveitei também para ler mais algumas traduções tuas de outros poemas da Atwood...
:)
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