SE TODO O SER AO VENTO ABANDONAMOS
Se todo o ser ao vento abandonamos
E sem medo nem dó nos destruímos,
Se morremos em tudo o que sentimos
E podemos cantar, é porque estamos
Nus, em sangue, embalando a própria dor
Em frente às madrugadas do amor.
Quando a manhã brilhar refloriremos
E a alma beberá esse esplendor
Prometido nas formas que perdemos.
Sophia de Mello Breyner Andresen, in "Sião" frenesi, 1987
2 comentários:
Só para deixar o meu apreço pois acho o café dos loucos um espaço muito confortavel. Aqui fica o meu espaço para também o visitares sempre que queiras.
http://melancolicaindependencia.blogspot.com/
Abraços.
B.
muito alta Sophia.
abraço, miguel.
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