«Fazer surrealismo não é levar o surreal para o real, onde ele vai criar bolor e dormir, amontoar-se e depositar-se nas vidraças bem ajustadas dos livros, mas elevar materialmente o real até esse ponto em que a alma deve brotar dentro do corpo e não parar de amotinar o corpo. — É aquilo que o mundo ainda não conheceu e o surrealismo não pôde fazer, porque a alma do homem actual é prisioneira de um mau corpo que lhe proíbe toda a poesia e a força a viver sob o irremissível pelourinho das leis, sejam de exército, de policia, de igreja, de justiça ou de administração. E são principalmente a igreja.»
Antonin Artaud, in "Eu, Antonin Artaud" assírio & alvim, 2007
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