És como a flor dos agonizantes

que é invisível mas seu aroma entra

na sombra nasal e é a delícia,

tudo na vida, durante algum tempo.


Antonio Gamoneda, in "livro do frio" assírio & alvim, 1999

imagem de Greg Spalenka

3 comentários:

Anónimo disse...

tradução 'oficial' do poema que serve de mote ao meu jardim d'inverno.
continua belíssimo - e devasta)dor(.
gi.

miguel. disse...

tem piada... ainda não tinha reparado, mas agora já li e também gostei da versão que está no seu blog.
devo confessar que tenho "devorado" a obra do Gamoneda e acho-a completamente devastadora...

gi disse...

conheci este poema na tradução 'oficial' da assírio & alvim.
mas o poema que guardo em mim - e que há anos esperava para ser mote de um blog, ainda esta palavra estava por inventar - é aquele que transcrevo(?).
a memória tem destas coisas. ou então eis a prova viva e vívida de que cada leitor guarda a sua 'versão', feita também da sua carne e do seu espírito.
(gosto bastante de 'ardem as perdas', que descobri há poucos meses).
obrigado, miguel.
gi.

(esta semana almocei duas mesas ao lado do manuel de freitas. e ainda dizem que a poesia não nos entra no quotidiano.. - passe a 'boutade').