23 de Julho 1920 - 06 de Outubro 1999


ESTRANHA FORMA DE VIDA

Foi por vontade de Deus
Que eu vivo nesta ansiedade
Que todos os ais são meus
Que é toda minha a saudade
Foi por vontade de Deus

Que estranha forma de vida
Tem este meu coração
Vive de vida perdida
Quem lhe daria o condão
Que estranha forma de vida

Coração independente
Coração que não comando
Vives perdido entre a gente
Teimosamente sangrando
Coração independente

Eu não te acompanho mais
Pára deixa de bater
Se não sabes onde vais
Porque teimas em correr
Eu não te acompanho mais


Amália Rodrigues in. “Versos” cotovia

2 comentários:

Anónimo disse...

Caro Miguel...Calma aí...a Senhora D.Amália foi uma das vozes mais ouvidas deste País...foi do Fado a Rainha...e foi outras coisas.Agora este poema meu caro...o seu a seu dono...Pedro Homem de Mello...digo eu...ou estarei baralhado?.

Cumprimentos

Anónimo disse...

Já escrevi um dia....que ainda temos em Portugal um número apreciável de analfabetos...Aqui tem uma prova.
Peço desculpa...o poema é da senhora D.Amália da Piedade Rodrigues.