Salazar, agora na hora da sua morte



Miguel Rocha nasceu em 7 de Março de 1968. Tem o curso secundário de Artes e Técnicas do Fogo da Escola António Arroio e o Curso de Desenho do SNBA. Dedica-se à publicidade durante nove anos e, após uma passagem pela revista Pais & Filhos, onde publica Pequenos Sarilhos, estreia-se para o público da BD em 1998, na colecção Quadradinho, com o jacobsiano O Enigma Diabólico (em colaboração com José Abrantes). Em 1999 publica Borda d' Água (LX Comics), Dédalo (Polvo) e As Pombinhas do Senhor Leitão (Baleiazul). Este último vale-lhe um prémio especial no Festival da Amadora. Em 2000 publica dois álbuns, Março (Baleiazul) e Eduarda (Polvo). Março vale a Miguel Rocha o Troféu Zé Pacóvio e Grilinho para o Melhor Desenhador Português. Eduarda, adaptação à banda desenhada de Madame Edwarda de George Bataille a partir da tradução de Francisco Oliveira, foi distinguido com o Troféu Zé Pacóvio e Grilinho para o Melhor Álbum Português. Em 2001, ano em que é o autor responsável pela linha gráfica do Festival da Amadora, publica [MALITSKA:] (Polvo), num regresso à colaboração com Francisco Oliveira, em 2003 A vida numa colher [Beterraba] (Polvo), em 2005 Borda d'água, o tempo das papoilas (polvo).
Agora chega-nos o seu mais recente trabalho, e talvez o mais complexo de todos, trata-se de uma inédita história da vida de António de Oliveira Salazar da infância à morte em banda desenhada, elaborada por dois nomes de prestígio do mundo cultural português: João Paulo Cotrim, jornalista ,colaborador de O Expresso, autor de vasta bibliografia e que dirigiu desde a sua abertura, em 1996 até 2002, a bebeteca de Lisboa e foi director do Salão Lisboa de Ilustração e Banda Desenhada e o já referido Miguel Rocha.
A Parceria A. M. Pereira retoma, assim, algo do seu passado , pois em 1974, nas suas instalações de então, situadas na R. Augusta 44 a 54, realizou uma exposição de banda desenhada, uma das primeiras efectuadas entre nós.



O retrato que Miguel Rocha faz da banda desenhada portuguesa revela a mesma maturidade a que nos habituou como autor, constituindo uma interessante pista de reflexão. Entre os factores que informam a situação actual da BD portuguesa, Miguel Rocha começa por destacar a ausência de um verdadeiro público e de meios próprios de divulgação. Depois, existe uma crítica a que falta profissionalismo. Tudo somado, falta sobretudo uma verdadeira cultura de banda desenhada em Portugal.

João Paulo Cotrim - Miguel Rocha
"Salazar, agora na hora da sua morte" Parceria A.M. Pereira

1 comentário:

Anónimo disse...

Este livro promete. Os autores são gente séria.Quanto ao Dr.Salazar....bem...dizem-me que morreu...

Cumprimentos