Juntamos duas pessoas que ainda não se tinham juntado. Às vezes é como a primeira tentativa para prender um balão de hidrogénio a um balão de fogo: preferimos que se despenhe e arda ou que arda e se despenhe? Mas às vezes resulta, e algo de novo se faz e o mundo transforma-se. Então, a dada altura, mais cedo ou mais tarde, por esta ou por aquela razão, um deles é levado. E aquilo que é levado é maior do que a soma do que lá estava. Isto pode não ser matematicamente possível; mas é emocionalmente possível.

Julian Barnes, in "Os níveis da vida" quetzal, 2013
trad. Helena Cardoso

1 comentário:

Claudia Sousa Dias disse...

Acho que vou ler em inglês. Assim também não tenho de aturar o acordo ortográfico.