leitura recomendada...


Em meados dos anos cinquenta, um grupo de jovens intelectuais americanos criou uma revista chamada The paris Review. Os seus autores dificilmente terão tido a percepção de que estavam a fazer nascer uma abordagem nova à literatura e à arte da escrita e de que, por outro lado, se constituiria a partir dali o mais extraordinário arquivo do fascínio que uma entrevista literária pode alcançar.
Entre a entrevista a E.M. Foster, a primeira deste volume, e a entrevista a Jack Kerouac, a última, decorrem quinze anos. O tempo que corresponde a uma mudança social drástica que a literatura soube espelhar. E que estas peças também revelam por inteiro: do aprumo formal de Foster à conversa com anfetaminas em casa de Kerouac.
Sem a Paris Review, teríamos as mesmas obras de Faulkner, Hemingway ou Borges – para citar apenas três dos dez autores que estão neste livro – mas não teríamos a mesma imagem que temos hoje de alguns dos escritores decisivos para a arte literária no século xx.

E.M. Foster, Graham Greene, William Faulkner, Trumam Capote, Ernest Hemingway, Lawrence Durrell, Boris Pasternak, Saul Bellow, Jorge Luis Borges, Jack Kerouac.

«Se eu não tivesse existido, alguém me teria escrito, a mim, a Hemingway, a Dostoiévski, a todos nós.»
William Faulkner

[ Entrevistas da Paris Review ] tinta da china, 2009
selecção e tradução de Carlos Vaz Marques

2 comentários:

Anónimo disse...

já tive por cá a primeira edição disto mas o Changas não resistiu...

Ricardo Cabaça disse...

não conhecia este livro, mas fica o registo. Vou procurá-lo quanto antes.obrigado