OS BÊBADOS
O ruído da morte está neste bar desolado
Onde a tranquilidade se senta inclinada sobre a sua oração
E a musica abriga o sonho do amante
Mas quando moeda alguma compra este fundo desespero
Nesta casa tão solitária e de todos os destinos o mais solitário
Onde nenhuma música eléctrica destrói o bater
Dos corações duas vezes quebrados mas agora reunidos
Pelo cirurgião da paz no perónio da desgraça
Penetra mais profundamente do que os trompetes
O movimento da mente que aí faz a sua teia
Onde as desordens são simples como o túmulo
E a aranha da vida se senta, dormindo.
SENTAMO-NOS OCIOSAMENTE BÊBADOS E LOUCOS A EDITAR
Ideias de liberdade estão ligadas à bebida
O nosso ideal contém uma taberna
Onde um homem se pode sentar e conversar ou apenas pensar
Sem qualquer medo do dragão nocturno,
Ou então outra taberna onde ele surge.
Não há letreiros com não se fia ou não há crédito
E abstraindo a ilimitadas cervejas
Sentamo-nos ociosamente bêbados a editar
Panfletos de um país realmente melhor onde um homem
Pode beber um vinho mais fino, ah, um vinho por destilar,
Que intoxica subtilmente sem dor,
Tecendo a visão de uma estalagem inassimilável
Onde podemos beber eternamente,
Com a porta aberta, e o vento a soprar.
Malcolm Lowry, in "As cantinas e outros poemas do álcool e do mar" assírio & alvim, 2008
trad. José Agostinho Baptista
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