POEMA
Para o banquete com talheres de prata
chegam os poetas com as musas ao colo
elas todas nuas
eles de gravata
servem-se as lagostas
ao som do piano
e depois a carne
carne de licorne
desce de aeroplano
tudo com muitos vinhos
de vários sabores
por copos infindos
como são os amores
e após o banquete
entre aves canoras
os poetas e as musas
saem para o espaço
em camas voadoras
António José Forte, in "Corpo de ninguém" hiena, 1989
1 comentário:
interessante, simples, pobre, e bem regado.
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