O meu coração desce,
Um balão apagado…
- melhor fora que ardesse,
Nas trevas, incendiado.
Na bruma fastidienta,
Como um caixão à cova
- porque antes não rebenta
De dor violenta e nova?!
Que apego ainda sustém?
Átomo miserando…
- se o esmagasse o trem
Dum comboio arquejando!...
O inane, vil despojo
Da alma egoísta e fraca!
Trouxesse-o o mar de rojo,
Levasse-o na ressaca.
Camilo Pessanha, in “clepsydra” assírio & alvim, 2003
Um balão apagado…
- melhor fora que ardesse,
Nas trevas, incendiado.
Na bruma fastidienta,
Como um caixão à cova
- porque antes não rebenta
De dor violenta e nova?!
Que apego ainda sustém?
Átomo miserando…
- se o esmagasse o trem
Dum comboio arquejando!...
O inane, vil despojo
Da alma egoísta e fraca!
Trouxesse-o o mar de rojo,
Levasse-o na ressaca.
Camilo Pessanha, in “clepsydra” assírio & alvim, 2003
imagem de João Abel Manta
3 comentários:
Esta imagem que escolheste é fabulosa. Deve ser o melhor retrato dele.
e é mesmo... é muito difícil de encontrar uma imagem do Pessanha, e esta ilustração do Abel Manta é um bom retrato do autor, papoilas e um bom cachimbo de ópio... bem ao gosto do Camilo
:)
Olá Manuel, ia dizer isso mesmo. fica dito duas vezes
Miguel, gostei que tivesses ido tomar café à pastelaria
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