Emma Santos [ a malcastrada ] edições afrodite, 1975


A escrita dos loucos.
A loucura da escrita.
Como Nerval, como Artaud, como Jarry.
A escrita dos doentes contra os médicos.
Contra a repressão.
A escrita anti-normal. EMMA SANTOS.

Apesar do ensurdecedor falatório dos psiquiatras
a loucura continuou felizmente a falar em voz cada
vez mais alta na produção literária, poética e
romanesca destes dois séculos.
O movimento de Libertação dos loucos.
A luta da loucura contra a normalidade.
O desmascarar da Psiquiatria e instituições opressivas.
A condenação dos psiquiatras e quejandos.
A escrita anormal, da sub-humanidade.
A palavra nova anti-linguagem.

Como Holderlin, Nerval, Nietzsche, Jarry,
Strindberg, Poe, Roussel, Faulkner, Artaud, Lowry,
Emma Santos e tantos outros, todos chanfrados,
esquizofrénicos, paranóicos, neuróticos até à medula,
cozidos e recozidos pelo álcool, bela amostra
dessa sub-humanidade que de ordinário
é desejado nos asilos.

Contra a sexualidade normal,
contra a instituição familiar.

A escrita da mulher louca.
O Movimento da Libertação das Loucas.
O movimento anti-patriarcal.
A anti-psiquiatria, a contra-sexualidade.
Uma palavra nova.


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