A mercadoria como espectáculo
O espectáculo é a outra face do dinheiro: o equivalente geral abstracto de todas as mercadorias. Mas se o dinheiro dominou a sociedade enquanto representação da equivalência central, isto é, do carácter permutável dos bens múltiplos cujo uso permanecia incomparável, o espectáculo é o seu complemento moderno desenvolvido, onde a totalidade do mundo mercantil aparece em bloco como uma equivalência geral ao que o conjunto da sociedade pode ser e fazer. O espectáculo é o dinheiro que se olha somente, pois nele é já a totalidade do uso que se trocou com a totalidade da representação abstracta. O espectáculo não é somente o servidor do pseudo-uso, é já em si próprio, o pseudo-uso da vida.
Guy Debord, in "A sociedade do espectáculo" edições antipáticas
1 comentário:
hmm.. perante este post e o anterior.. mto se me ocorre dizer.. só q o sonito já não me o permite...
em sintese: vivemos num mundo absurdo, de valores prevertidos e... ahhhh..!!!!!!! :(
too sad.
au revoir..
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