Bruno Schulz
Bruno Schulz nasceu a 12 de Junho de 1892 em Drohobycz (na altura uma província do Império Austro-húngaro, na Galicia, mais tarde, em 1918, integrada na Polónia e que, actualmente, pertence à Russia). Estudou arquitectura em Lwow e Belas Artes em Viena. Deu aulas de Desenho em Drohobych. Era um judeu Polaco que falava yidish, polaco e alemão, mas pouco tinha de cosmopolita pois raramente saiu da sua cidade natal e viveu praticamente como um eremita. Era um homem solitário que vivia dos seus sonhos, com uma vida interior extraordinária e com uma sensibilidade artística especial. Publicou o primeiro livro, Sklepy Cynamonowe, em 1934 e três anos depois, Sanatório sob o signo da clepsidra. Escrevia em polaco. Traduziu Kafka. Em 1938 foi galardoado pela Academia Polaca de Literatura. Quando eclodiu a II Guerra Mundial, Drohobycz estava ocupada pela União Sovética. Viveu num gueto. Foi fusilado na rua por um oficial nazi, no dia 19 de Novembro de 1942. Diz-se que na altura escrevia um romance chamado O Messias, mas não há rasto desse manuscrito. Em 1957 foi publicada uma nova edição da sua obra, posteriormente traduzida para francês, Alemão e Inglês. Dois dos seus livros foram adaptados para o cinema, Street of Crocodiles em 1986, e, Sanatorium pod Klepsydra em 1973.
Grande parte do interesse actual em Bruno Schulz, deve-se ao trabalho de escritores contemporâneos como David Grossman (See under: Love), Cynthia Ozick (The Messiah of Stockholm) e Philip Roth (The Prague Orgy). Estes escritores criaram verdadeiras lendas em torno de Schulz, incorporando a sua figura nos personagem ficcionados dos seus romances.
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