Epifanía Uveda de Robledo, Fanny, trabalhou na casa da família Borges desde os começos da década de 1950 até Maio de 1986. Poucos meses antes, Borges tinha partido com Maria Kodoma para a Europa, estabelecendo-se na cidade de Genebra, onde morreu.
Durante mais de trinta anos, esta mulher sóbria e abnegada foi, nas palavras do próprio Borges, "a sua fiel servidora". Exeptuando a sua mãe, Leonor de Acevedo, Fanny foi a pessoa que durante mais tempo conviveu com ele, e conheceu as suas rotinas, as suas manias, as suas alegrias e os seus pesares. Estas páginas revivem as facetas mais diversas da existência do escritor: o seu malogrado casamento com Elsa Asteta, a dolorosa perda da sua mãe, as visitas de amigos entre os se contava nomes-chave da cultura da época, a tensa espera de cada ano, quando se anunciava o ganhador do Prémio Nobel( que nunca lhe foi concedido) e o amor por uma mulher que alegrou os seus dias no princípio dos anos oitenta, entre muitos outros factos e anedotas, alguns insuspeitos outros conhecidos.
Alejandro Vaccaro, profundo investigador da vida e obra de Borges, outorga ao revelador relato de Fanny o contexto e a referência necessários que fazem de O Senhor Borges um livro imprescindível para conhecer a intimidade do escritor mais notório e polémico da literatura argentina e, sem dúvida, um dos grandes autores universais de século XX.
Jorge Luís Borges morreu e 14 de junho de 1986, cumprindo-se pois este ano vinte anos do seu desaparecimento.
Epifanía Uveda de Robledo, Alejandro Vaccaro "O senhor Borges" , Teorema
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